Uma opiniãozinha "fáxabôr"...
Boa noite,
A ideia é fazer uma nova partilha com vocês dia sim, dia não. Hoje é dia sim. Cá vai.
No post anterior falei-vos do "Duo-coisa".
Nós ensaiamos à terça-feira. Ontem foi terça-feira, portanto lá fomos nós para o local habitual fazer os estragos do costume.
A meio do ensaio, o senhor que me acompanha nesta aventura (e que faz com que seja um Duo), diz:
"- (...) Contratar os teus serviços (...) espécie de banda (...) tu cantavas (...) assim eu ia para a bateria (...) 2 de Agosto (...).
(Desculpem as pausas, mas o meu pânico só reteve o essencial.)
Resume-se em: o senhor em questão é professor de música num concelho vizinho, ensina algumas modalidades desde guitarra, piano, bateria, ... e vai atuar com os míudos numa feira agricola comercial aqui na zona (alguém me disse que era a segunda maior do país [nunca confirmei a fonte]) e decidiu que quer tocar bateria na atuação. Para o fazer, precisa que alguém assegure a voz. Lembrou-se de mim. Faz sentido certo?
Vamos começar pelo princípio. Isto era para ser uma brincadeira de duas pessoas que gostam de cantar e tocar se juntarem para fazer umas modinhas nos tempos livres. Porque me conhecem de cantar na eucaristia aqui mas querem só uma voz, ou porque a filha da madrinha dele vai casar e já agora a (inserir nome aqui) vai casar também, já contamos com 3 casamentos agendados.
Ponto positivo: Adoro cantar, acho que nos damos mesmo bem, até me divirto nos ensaios e caem uns trocos extra.
Ponto negativo: Eu odeio público, não tenho confiança absolutamente nenhuma nas minhas capacidades, tenho um medo enorme de estragar tudo, vergonha do ridículo (caso me engane ou assim) e já começo a dormir mal à noite com a saga dos pesadelos "e se estiver rouca?", "e se estiver doente?", "e se bocejar?", " e se preciso de espirrar?" (em loop).
Agora imaginem esta saga de pesadelos a pensar: Atuar num palco (ainda que terciário) de uma das maiores feiras deste país!
Por um lado, as oportunidades que esta parceria me está a dar são ótimas e, em poucos meses, sinto que já melhorei a nível de confiança e de à vontade. O senhor aceitou esta parceria como uma brincadeira de tempo livre e, embora neste momento seja parte do nosso "ganha pão", abdica de uma hora semanal, que nunca lhe foi paga, para me dar formação musical, ensinar músicas e, acima de tudo, fazer-me terapia. Sinto que lhe "devo" esta ajuda.
Por outro lado, a ideia apavora-me. O medo de falhar consome-me. Só o imaginar os olhos todos... Estou apavorada. De verdade.
Alguma opiniãozinha "fáxabôr?"